O arengueiro(1) escolhe a roupa espiritual que lhe imita a língua; ninguém foge a esta regra, pois somente colhemos o que semeamos.
Tagarelar é desvirtuar as palavras e o exagero das conversações mistifica os sentimentos.
Prosear é muito nobre, para quem tem equilíbrio na fala e respeita os direitos dos outros, dividindo o tempo com quem nos escuta.
Dizer alguma coisa aos companheiros é nosso dever; porém, é bem melhor aprender a falar primeiro.
Proferir fatos é enriquecer experiências; no entanto, deves esquecer os acontecimentos que te colocam na glória.
O falador que exige o tempo que pertence aos outros, com o tempo se queixa de solidão; e alguns ainda reclamam…
A língua que fere, inferna a consciência, que chora.
Falar demais é hábito, que passa a vício e, de vício, a disritmia; e o próprio falador, que se esqueceu da educação, acha que está mesmo doente, e que os outros devem suportá-lo por esse motivo.
Descobrir segredos dos outros é esquecer que tens muitas coisas em tua vida que devem ficar ocultas.
Arengar é coisa feia e perigosa, porque conquista inimigos em todos os caminhos, exigindo de ti uma conduta melhor, o que sempre se dá por meios violentos.
Loester – psicografia de João Nunes Maia
Da obra “Sinônimos para a Paz”, da Editora Espírita Cristã Fonte Viva
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1- Arenga, segundo o Minidicionário Sacconi da Língua Portuguesa, pode significar tanto rixa, diferenças, quanto discurso longo, fastidioso, cansativo.
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