domingo, 6 de fevereiro de 2011

Tempestade!

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Aos olhos de quem assiste de longe,
depois da tempestade que sacudiu a vila,
restou apenas os escombros de uma vida,
restos de uma história que agora jazem no chão.
Fotografias, eletrodomésticos, móveis,
tudo destruído e embolados pela lama.
Lágrimas...
Mas, para o dono da casa existe algo mais,
em cada canto de parede uma história,
emoções que não contam no censo,
lutas, conquistas, celebrações,
derrotas, contratempos e decepções,
tudo embolado com a lama.
Mas ninguém vê.
Sentimentos...
Eis o que resta de toda vida,
as emoções vividas, o bom combate travado,
o que sentimos e guardamos na alma.
Sempre:
o cheiro da nossa fronha, não o travesseiro,
a sensação da nossa cama, não o colchão,
o conforto da nossa roupa, não a etiqueta da calça,
a proteção do nosso calçado, não a origem do sapato.
o amor que sentimos,
não o que esperamos de alguém.
Certezas...
Tudo pode estar no chão agora,
podem ter roubado tudo de você,
a sua paz, o seu chão, até a sua liberdade,
só não deixe que roubem as suas certezas,
o que você já tem em seu interior,
o conhecimento, a vivência, o amor.
São esses os materiais que você precisa
agora e sempre,
para reconstruir a sua "casa" depois do furacão,
e enquanto todos enxergam destroços,
você, com esperança e certeza,
vai enxergar a vida que se abre para
"o reconstruir",
e tudo começa agora,
com essa vontade louca de ser feliz!
Não desista de você!
Eu acredito em você!
(Paulo Roberto Gaefke)

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