Somos imensa caravana de seres, na estrada evolutiva, a movimentar-se, sob        o olhar do Divino Pastor, em demanda de esferas mais altas.
      Em verdade, se prosseguimos caminho afora, magnetizados pelo devotamento        do Condutor Divino, inegavelmente somos também assediados pelos cães da        ignorância, da perversidade e da má-fé...
      Referindo-se a cães, Paulo de Tarso não mentalizava o animal amigo,        símbolo de ternura e fidelidade, após a domesticação.
      Reportava-se aos        cães selvagens, impulsivos e ferozes.
      No rebanho humano, encontraremos        sempre criaturas que os personificam.
      -       São os adversários sistemáticos do        bem.
      -       Atassalham reputações dignas.
      -       Estimam a maledicência.
      -       Exercitam a crueldade.
      -       Sentem prazer com a imposição tirânica que lhes é própria.
      -       Desfazem a conceituação elevada e santificante da vida.
      -       Desarticulam o serviço dos corações bem-intencionados.
      -       Atiram-se, desvairadamente, à substância das obras construtivas,        procurando consumi-las ou pervertê-las.
      -       Vomitam impropérios e calúnias.
      -       Gritam, levianos, que o mal permanece vitorioso, que a sombra venceu, que        a miséria consolidou o seu domínio na Terra, perturbando a paz dos servos        operosos e fiéis.
      E, quando o micróbio do ódio ou da cólera lhes excita a desesperação, ai        daqueles que se aproximam, generosos e confiantes!
      É para esse gênero de irmãos que Paulo solicita de nós outros a conjugação        do verbo guardar.
      Para eles, pobres prisioneiros da incompreensão e da ignorância, resta        somente o processo educativo, no qual podemos cooperar com amor,        competindo-nos reconhecer, contudo, que esse recurso de domesticação        procede originariamente de Deus.
EMMANUEL
      (Do livro Fonte Viva, 145, FCXavier, FEB)
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| REFLEXÃO SOBRE O TEMA: | 
             Neste ano que se              inicia, vamos dizer NÃO à tudo que possa nos diminuir ou nos fazer              acreditar pequenos e incapazes a alçar vôos mais altos.
            Aproveitando o tempo que se renova, vamos dizer NÃO aos sentimentos              negativos impostos ao nosso coração por pessoas negativas.
            Deus não nos criou para a dor. A dor é criação humana e dura o tempo              de nossa fraqueza, de nossa incompreensão ou de nossa rebeldia. Deus              nos criou para a alegria, para a felicidade. Estes sentimentos,              quando compreendidos em sua essência, mostram-se puros, cristalinos.              Mas em contato com fontes corrompidas se anulam e se esvaem.
            Muitas vezes morrem.
            Se podemos optar, então, vamos nos inclinar a não sofrer em vão.              Vamos buscar pessoas, coisas e situações que possam nos ajudar a              crescer e a ser feliz!
            Emmanuel, na mensagem acima, nos aconselha um afastamento prudente              dos cães da ignorância, da perversidade e da má-fé.
            Esses cães, tristes irmãos, estão por toda a parte: na rua, na              escola, no trabalho, no círculo de conhecidos, na instituição              religiosa, em casa, na parentela...
            Não nos pede o estimado Benfeitor que deixemos de amá-los, apenas              sugere que nos guardemos de sua influência destrutiva.
            Pergunta o texto do Evangelho: "Não haveria imenso orgulho, da parte              do homem, em se considerar no direito de, por assim dizer, revirar a              arma dentro da ferida? De aumentar a dose do veneno nas vísceras              daquele que está sofrendo?"
            Há, infelizmente, os que se consideram não apenas no direito de              assim proceder, como fazem disso objetivo de vida.
            Torturam por despeito.
            Estraçalham por inveja
            Aniquilam por prazer.
            Jesus disse que a cada dia bastava o seu mal.
            Às nossas vidas, bastam seus sofrimentos necessários.
            Não os aumentemos ao contato dispensável dos cães equivocados.
            Isolemos de nós e de nosso espírito, sob a luz e a proteção de              Jesus, a              crueldade, a opressão, a intriga, a calúnia, o ódio, a agressão, o              desprezo, a ironia, a humilhação, a injúria, a perseguição, o              ultraje, o desequilíbrio e a desestruturação.
Amar, desejar o bem, é também saber dizer NÃO.
             Instituto André Luiz
            Reunião de 23 de dezembro de 2006
            (Texto: Lori M. dos Santos)
FELIZ ANO NOVO!
 
 
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