quinta-feira, 9 de julho de 2015

Perdas




Se o sorriso de outrora não pode mais ser visto, procuremos encontrá-lo na alegria expressada no rosto de uma criança carente que acabamos de auxiliar.
Se as mãos não podem mais ser tocadas, levemos o calor de um abraço sincero a quem passa por grandes sofrimentos.
Se a música não pode mais ser dançada, espalhemos a melodia entre os enfermos de um hospital.
Se a voz não pode mais ser ouvida, procuremos semear palavras de esperança por onde andarmos.
Se as estrelas não têm o mesmo brilho de outrora, nos esforcemos em iluminar o caminho daqueles que se encontram entre as trevas.
Se não podemos mais oferecer flores, trabalhemos para florir todos os jardins do mundo.
Se a luz parece ter ido embora, procuremos suavizar a escuridão que reina em tantos lares necessitados.
Se o riso se foi, procuremos trazer alegria para quem está desanimado diante de tantos obstáculos.
Se o sol deixou de brilhar, transformemo-nos em um farol para iluminar o caminho de quem se encontra perdido.
Se a ausência parece machucar o nosso coração, procuremos levar esperança a quem deixou de acreditar.
Se os encontros perderam a sua graça, procuremos entender o milagre que podemos realizar quando estendemos a mão a quem está caído.
Se o físico se foi, o espírito ainda vive e sente.
Devemos acreditar que o reencontro está marcado.
Sim, devemos continuar.
Devemos sentir saudades sim, mas jamais tristeza.
Devemos preencher o vazio que sentimos com gestos de amor.
Porque só o amor é capaz de grandes transformações.
Só o amor rompe todas as barreiras.
Só o amor cala as nossas feridas.
E só o amor nos leva a crer que não importa as perdas que a vida nos impõe, devemos sempre continuar.

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