quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Chacoalhão

A lamentação é a "oração de louvor" ao diabo, ou as forças do Mal, como queira.

Quem permanece na reclamação fácil, só vê a sua vida e a sua situação piorar.
Pior, parece que os "lamurientos", vivem para se reunir e disputar quem está mais
"desgraçado".

Um diz: - Estou devendo mais de 10 mil reais, já não durmo!
O outro já emenda:- Hum, isso não é nada, eu devo mais de 50 mil, já nem acordo.
Outra reclama que o marido bebe muito: - meu marido bebe mais de 3 doses de pinga por dia.
A outra já querendo "aparecer", replica:
- O meu toma 1 litro só no café da manhã...

É um festival de "desgraça" para todos os lados,
e as pessoas vão se prendendo na teia de aranha que é a reclamação fácil.

A reclamação é a porta de entrada para uma vida de insucesso, de fracassos e muita dor.

Ora, aquele que desperta para a vida, sabe que se ficar de braços cruzados,
nem o ônibus vai parar para ele.

Até para pegar um ônibus é preciso "dar sinal", levantar o braço, fazer um esforço.

Pois eu te convido a levantar o braço e selar a boca para as coisas ruins.

Faça um contraponto, seja luz, seja esperança, seja batalha viva.

Tome posse da sua vida, tome posse do que lhe aflige.

Se o terreno do vizinho está vazio e servindo como lixão, não ligue para a Prefeitura para denunciar. Antes, ligue para o vizinho e peça licença para plantar flores, criar uma pequena horta, até ele resolver construir.

Convide alguns vizinhos dispostos e crie a horta comunitária, o jardim das belezas,
e você vai ver, onde alguém toma posse de algo, as pessoas respeitam, não jogam mais lixo.

Então, tome posse de você.
Diante dos problemas (quem não os tem?), seja prático, objetivo e veja o lado bom
de cada coisa.

O diabético, deve dizer pela manhã - Graças a Deus, ela está sob controle!

O endividado deve agradecer por não ter feito nenhuma nova dívida.

O parente do "viciado", deve continuar buscando ajuda incessantemente,
amorosamente, mas sem deixar de viver a sua vida.

O que perdeu um ente querido deve "viver o luto", mas não por 10, 15, 20 anos ou mais.
Tudo tem seu tempo debaixo do sol.

Fazer-se de vítima, de coitadinho que não entende porque é "tão sofrida a sua vida",
não ajuda em nada, pelo contrário, só prejudica.

Tome posse da sua vida, do seu falar, da sua alegria, das tristezas, das certezas,
das emoções, dos desejos reprimidos, do gosto amargo e do doce que ficou na boca.

Junte tudo, misture e levante o braço:
dê sinal para o ônibus da vida que passa todos os dias na porta da sua casa,
e as vezes, você nem vê.

É hora de pegar a condução para a felicidade, e você sabe, "sem reclamar,
o ponto chega bem mais depressa."

Tome posse de você!

(Paulo Roberto Gaefke)


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