domingo, 28 de outubro de 2012

A Arte de Ser Avó




A arte de ser avó


Por Raquel de Queiroz
Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses,um ato de Deus.
Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo…
Quarenta anos, quarenta e cinco… Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem as suas alegrias, as suas compensações – todos dizem isso embora você, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto – mas acredita.
Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de paixões: a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade.
Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor.
Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres – não são mais aqueles que você recorda.
E então, um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis – nisso é que está a maravilha.
Sem dores, sem choro, aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino seu que lhe é “devolvido”.
E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário, causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza de que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. Aliás, desconfio muito de que netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos.
Se o Doutor Fausto fosse avó, trocaria calmamente dez Margaridas por um neto…
No entanto – no entanto! – nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe. Não importa que ela, em si, seja sua filha. Não deixa por isso de ser a mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente, ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de “vovozinha”, e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você.
São lisonjas, nada mais.
No fundo ela é rival mesmo. Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes aoda esposa e da amante dos triângulos conjugais.
A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.
Já a avó, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, “não ralha nunca”. Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia.
Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido, antes uma maravilhosa subversão da disciplina. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer roquetes, tomar café – café! -, mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser – e até fingir que está discando o telefone.
Riscar a parede com o lápis dizendo que foi sem querer – e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó, e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna…
Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém, esses prazeres não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso.
Meu Deus, o olhar das outras avós, com os seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto! E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz: “Vó!”, seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.
E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade…
Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho – involuntariamente! – bateu com a bola nele.
Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois o sorriso malandro e aliviado porque “ninguém” se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague…
Raquel de Queiroz – (1910-2003) – Escritora cearense
* Texto extraído do livro “O brasileiro perplexo”, 1964.)

Jovem e Velho





Você é jovem pela alegria, velho pela tristeza. ,
Jovem pela fé. velho pela incredulidade.
Jovem pela esperança, velho pelo desespero.
Jovem pelo entusiasmo, velho pelo desânimo.
Jovem pela coragem, velho pela covardia. 
Jovem pela fidelidade, velho pela traição.
Jovem pelo dinamismo, velho pela inércia. 
Jovem pela amizade, velho pelo isolamento. 
Jovem pela presença, velho pela ausência.
Jovem pela autenticidade, velho pela hipocrisia.
Jovem pela generosidade, velho pela mesquinhez. 
Jovem pelo amor, velho pelo egoísmo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Coragem de Ser





Somos como barcos que navegam rumo ao desconhecido por oceanos que ora estão calmos, ora estão agitados pelas tempestades e turbulências da vida. Por vezes, Deus nos permite fazer paradas em portos seguros, para reabastecer. Contudo, navegar é preciso. Para crescermos em todas as áreas e termos uma vida plena, teremos de lançar-nos ao mar alto e aprender a vencer as tempestades, bem como a desfrutar dos lindos dias de sol com que o Criador nos presenteia; contar com a ajuda de outros barcos e oferecer ajuda também.
Você não é um barco qualquer. É a obra mais perfeita que o seu Criador inventou. Ele não concebeu alguém tão extraordinário para viver aportado, amarrado a nada. Muito pelo contrário, Ele o criou para partir e chegar ao lugar maravilhoso que Ele projetou para você.
Retirado do Livro
A Coragem de Ser
Silmar Coelho,

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Que hoje haja Paz dentro de mim



Que hoje haja Paz dentro de mim


Que hoje haja Paz dentro de mim,
que eu possa confiar no poder mais alto que é Deus, pois estou exatamente onde devo estar,
que seja feita a vontade de Deus nosso Pai,
que eu não me esqueça das possibilidades infinitas que nascem da Fé,
que eu possa usar essas bênçãos que recebo e possa transmitir o Amor que me é dado,
que eu possa sentir-me satisfeito sabendo que sou filho de Deus e, permita-me Senhor,
que Sua presença se estabeleça em meus gestos e dê a minha alma a liberdade para cantar, dançar e aquecer-me na Sua Luz, que está aqui para todos nós.
Amém!

domingo, 7 de outubro de 2012

Rosas e Espinhos

Rosas e Espinhos

Um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que ela desabrochasse, ele a examinou.

Ele viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou:

"Como pode uma bela flor vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?"

Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa, e, antes que estivesse pronta para desabrochar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas.

Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescendo em meio aos espinhos de nossas faltas.

Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos.

Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior.

Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e, consequentemente, isso morre.

Nós nunca percebemos o nosso potencial.

Algumas pessoas não veem a rosa dentro delas mesmas;

Alguém mais deve mostrá-la a elas.

Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.

Esta é a característica do amor - olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas.

Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajuda-a a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições.

Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa,

Elas superarão seus próprios espinhos.

Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.


D.A.





quarta-feira, 3 de outubro de 2012

ORAÇÃO DO AMANHECER

Foto: Bom Dia

ORAÇÃO DO AMANHECER

Salve o sol, a natureza, o orvalho da manhã! Salve Deus todo Poderoso, que me dá a felicidade de tomar a bênção a toda natureza. Salve o vento, o sol, a chuva, as nuvens, as estrelas e a lua! Salve as forças das águas, a terra, a areia e o solo fértil!

Que belo seja seu remédio! Que o pão que parto à mesa, seja multiplicado! Que o trigo que carrego comigo, seja minha prosperidade.

Que o universo me abrace e que os quatro elementos: terra, água, fogo e ar, me dêem as forças necessárias para todas as dificuldades de minha vida!

Que meus caminhos sejam abertos, hoje e sempre, com toda a pureza do elementais e dos Anjos Mensageiros de Deus.

Amém!



ORAÇÃO DO AMANHECER

Salve o sol, a natureza, o orvalho da manhã! Salve Deus todo Poderoso, que me dá a felicidade de tomar a bênção a toda natureza. Salve o vento, o sol, a chuva, as nuvens, as estrelas e a lua! Salve as forças das águas, a terra, a areia e o solo fértil!

Que belo seja seu remédio! Que o pão que parto à mesa, seja multiplicado! Que o trigo que carrego comigo, seja minha prosperidade.

Que o universo me abrace e que os quatro elementos: terra, água, fogo e ar, me dêem as forças necessárias para todas as dificuldades de minha vida!

Que meus caminhos sejam abertos, hoje e sempre, com toda a pureza do elementais e dos Anjos Mensageiros de Deus.

Amém!